domingo, 20 de abril de 2008

Quinta com cara de sexta 13






A TV anuncia o fim da greve do Metrô. Ufa! Dentro de uma hora as estações seriam reabertas. Troquei de roupa, almocei e saí. Até chegar ao Jabaquara tudo estaria normal. Ingenuidade ou otimismo?


Chegando em Diadema, uma placa feita à mão advertia: USUÁRIOS DO METRÔ EM GREVE. Seria isso ironia de um usuário revoltado ou ignorância total de alguém que confundiu usuário com funcionário?
Jabaquara. Um mar de gente aguardava de braços cruzados a abertura dos portões. Deu pra ler, bater papo, tirar fotos e pensar em um “plano B” caso mudassem de idéia e a greve voltasse. Sei lá, nessa terra de maluco tudo pode acontecer.


Tudo mesmo. Em determinado momento chegou um cara gritando, protestando e desabafando todos os seus problemas. Sempre tem um palhaço pra tumultuar. No embalo, surgiu um mulher revoltadíssima com a vida dela e depois de muito xingar, começou a balançar o portão. As pessoas em volta gritavam, se contra ela ou a favor eu não sei. Parecia um estádio de futebol. Dá medo porque a massa é burra, né?


Portões abertos, tumulto, mas num ritmo normal. Mais briga, agora na catraca. Dois homens aos berros e palavrões partiram pra cima do funcionário do metrô. Queriam passar sem pagar. Sabem qual foi o argumento de um desses caras? “Sou brasileiro e corinthiano!” Vixe! Só podia.


Não sou a favor de greve, mas quebrar, xingar e tumultuar o que já está tumultuado resolve alguma coisa? O aviso dentro do metrô dizia: “Não impeça o fechamento das portas, isso provoca atrasos”. Ué, mais? Greve também provoca atrasos. Cheguei às 14h na rádio. A Internet também estava em greve e assim ficou o dia todo.
Será que cabe aqui o conselho grosseiro da Marta? Eita, quinta-feira com cara de sexta 13.

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